A cidade de Guimarães, já enriquecida pelo título de Património Mundial da UNESCO desde 2001, vê agora o seu legado ampliado. Os antigos reservatórios de pedra e as fábricas de curtumes na região dos Couros, onde outrora se processavam as peles de animais para a confecção de botas e casacos até meados do século XX, foram igualmente agraciados com tal distinção.
É possível imaginar os operários, a severidade desta existência, o odor desagradável. Todo este espaço foi alvo de uma meticulosa renovação e recuperação nos últimos anos. Trata-se de uma homenagem ao labor.
Localiza-se no coração da cidade, mas nas suas traseiras, oculto aos olhares. Apenas encontro paralelo na medina de Fez, em Marrocos, onde ainda operam tinturarias medievais, empregando um vasto número de pessoas.
Para o tratamento e tingimento das peles, recorre-se a uma combinação de cal, urina animal, excrementos de pombo e outros…